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terça-feira, 30 de junho de 2015

T-34 russo tanque médio super versátil.

Oitenta anos depois, T-34 continua pronto para briga

9/10/2014 Aleksandr Korolkov, especial para Gazeta Russa
Por gerações sucessivas, o T-34 tornou-se um ícone da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial. Desde que partiu em linha reta pelos paralelepípedos da Praça Vermelha para deter o avanço nazista nos arredores de Moscou, em 1941, essa lendária máquina de guerra raramente descansou.
Oitenta anos depois, T-34 continua pronto para briga
Quando os soviéticos T-34 chegaram a Berlim, em 1945, os dias de luta desse tanque de batalha podiam até parecer estar quase no fim. Mas a "noz", como era chamado pelas tripulações devido à forma hexagonal de sua torre, estava apenas começando sua odisseia pelos conflitos mundiais.
Ao longo de mais de cinco décadas, essa máquina de guerra iria ressoar pelas areias do Egito, pela selva cubana, pela savana de Angola, e muito além. Hoje, ainda pode ser encontrada nos arsenais do Vietnã, Guiné, Guiné-Bissau, Iêmen, Coreia do Norte, República do Congo, Cuba, Laos, Mali e Namíbia. Tendo lutado contra os Estados Unidos e seus aliados na Coreia do Sul e Cuba, a linhagem americana do T-34 é, no entanto, menos conhecida.
O tanque evoluiu a partir do modelo leve BT soviético (tanque bystrokhodny/tanque de alta velocidade) da década de 1930, que era, por sua vez, derivado do tanque americano M1931 Christie. Introduzido à União Soviética como um exemplar sem torre sob a designação de "trator agrícola", o Christie e suas variantes espanholas forneceram posteriores a base para o projetista soviético Mikhail Kochkin.
Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, Kochkin trabalhou intensamente no T-34, combinando armadura robusta e poder de fogo pesado, e paralelamente preservando o desempenho na estrada e facilidade de produção e manutenção. O lote inaugural desses tanques deveria ser revisado por Iossef Stálin em Moscou, no dia 17 de março de 1940, depois de percorrer 1.250 milhas rumo à capital. Era uma decisão arriscada de Kochkin conduzir os tanques através de áreas públicas, já que a polícia secreta NKVD poderia achar que a ação revelava segredos de Estado. Mas os tanques chegaram dentro do prazo e sem nenhum incidente grave - os veículos foram levados por uma rota secreta através das florestas, campos e terrenos acidentados. Impressionado com o que viu, Stálin carinhosamente apelidou o tanque de "andorinha", dando início ao seu ciclo de vida.
O triunfo inicial foi marcado, entretanto, pela morte de Kochkin. Aos 42 anos, o projetista contraiu uma pneumonia durante a árdua viagem para Moscou e não se recuperou. O "pai adotivo" do tanque foi o engenheiro e projetista de tanques Aleksandr Morozov - o homem que finalmente enviou o T-34 para combate, e acabou adaptando-o para enfrentar novos e cada vez mais temíveis adversários alemães no campo de batalha.
 
Desde que estreou na Segunda Guerra, tanque participou dos principais conflitos mundiais Foto: wikipedia.org
Em dezembro de 1943, o T-34-85 entrou em ação com uma nova torre e uma arma de 85 milímetros, que o levou à vitória em 1945. O T-34-85 continuou a ser a espinha dorsal das forças soviéticas até meados dos anos 1950, e também serviu como uma plataforma de treinamento para as tripulações até a década de 1970. O veículo nunca foi formalmente tirado de serviço.
Sua maior implantação pós-Segunda Guerra Mundial foi na Coreia, quando o tanque despontou contra os antigos aliados americanos da URSS. Como o terreno montanhoso da Coreia impedia batalhas de tanques em massa, eles eram usados ​​em pequenos grupos, muitas vezes com resultados imprevisíveis.
A primeira luta entre o T-34-85 e o tanque americano M24 aconteceu em 10 de julho de 1950, durante a batalha de Taejon. Os canhões americanos de 75 mm se mostraram ineficazes contra a blindagem frontal soviética, e dois tanques norte-americanos foram rapidamente eliminados. O encontro só se voltou contra os norte-coreanos depois de a infantaria dos EUA usar bazucas de 3,5 polegadas para destruir sete tanques T-34.
A maré negativa cresceu ainda mais com a implantação do americano M26 Pershing em 17 de agosto de 1950, quando o canhão deste veículo despachou três T-34s logo no primeiro confronto entre os tanques de batalha. Apesar da igualdade técnica, as tripulações mais bem treinadas e preparadas dos Estados Unidos rapidamente superaram os norte-coreanos, que até o final daquele ano perderam quase 100 T-34-85s no combate entre tanques, e duas vezes mais quando atingidos por aviões e bazucas. Enquanto isso, os tanques norte-coreanos destruíram apenas 34 veículos dos EUA.
Embora o T-34-85 tenha se deparado com adversários a sua altura, como é o caso do americano Pershing e do M46 Patton, ele ainda superava o M24 Chaffee, um derivado do M4A3E8 Sherman que transportava um armamento melhor. O tanque de fabricação soviética ganhou as manchetes novamente em abril de 1961, durante a derrota das forças contrarrevolucionárias cubanas na Baía dos Porcos.
Armado com dez Sherman e 20 carros blindados M8, as forças invasoras apoiadas pelos EUA nocautearam um T-34 do governo cubano, logo depois de romper sua cabeça de praia (termo militar para se referir a uma área conquistada em litoral inimigo). As forças cubanas pessoalmente comandadas por Fidel Castro partiram com a primeira coluna de T-34, nocauteando dois Sherman durante o contra-ataque na área de chegada. Vitórias isoladas à parte, o T-34 cada vez mais mostrava a sua idade avançada contra as futuras gerações de tanques de batalha.
Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o Egito perdeu 251 T-34-85s, quase um terço de suas perdas totais de tanques. Por ironia do destino, o T-34 também lutou ao lado de seus antigos inimigos alemães da Segunda Guerra Mundial, o PzKpfw.IV e o StuG.III, nas forças sírias envolvidas no conflito. Se os tanques israelenses obtiveram uma vitória clara sobre a frente egípcia, a proporção de perdas no fronte sírio favoreceu os árabes, que perderam um total de 73 tanques T-34-85, T-54 e PzKpfw.lV contra 160 tanques israelenses destruídos. Este foi o último conflito no Oriente Médio em que o T-34 atuou como um tanque de guerra.
Mas o veículo ainda entrou em ação em conflitos posteriores elementos de disparo imóveis ou convertido em canhões autopropulsados​​. Também voltou a ter destaque durante a invasão turca no Chipre, em 1974, quando 32 T-34-85s gregos foram capazes de deter o avanço de 200 tanques turcos M47/48. Os gregos perderam 12 tanques, incluindo os quatro que foram abandonados, contra 19 Pattons destruídos.
O T-34 lutou ainda na Guerra Civil Angolana, onde as unidades cubanas armadas com o tanque soviético ajudaram a repelir os invasores da África do Sul e do Zaire. Enfim, a vigorosa máquina de combate deixou a sua marca na guerra civil dos Balcãs, lutando por em ambos lados como um item do legado das forças armadas iugoslavas.
Até mesmo hoje em dia, quando o T-34 parece restrito a museus e livros de história, esse veículo não descansa. O tanque foi supostamente visto em ação neste ano, quando combatentes pró-Rússia no leste da Ucrânia removeram pelo menos um exemplar de exibição do seu pedestal, que, após uma revisão rápida, foi levado ao combate mais uma vez.

quarta-feira, 24 de junho de 2015


A batalha do tanque KV-1 de número 864


A 18 de agosto de 1941, um único tanque KV-1 (o KV-1 de número 864, comandado pelo Tenente Kolobanov) foi entrincheirado e camuflado nas proximidades da cidade de Krasnogvardeysk (nas imediações de Leningrado). A tripulação recebeu ordens para defender a rodovia para Kinigsep. Outros quatro KV-1 foram designados para defenderem outras duas rodovias. Todos os tanques tinham recebido munição em dobro, sendo que 2/3 desta era de munição AP (Armor Piercing – Perfuradora de Blindagem). Uma ofensiva da 8ª Divisão Panzer alemã estava sendo esperada. O KV-1 de Kolobanov estava em uma excelentemente posição, oculto entre as árvores de uma colina, sendo que o entroncamento rodoviário ficava num nível abaixo da sua posição, numa área pantanosa. No dia seguinte, tropas alemãs de reconhecimento, usando motocicletas, um meia-lagarta e um caminhão leve passaram pelo local. Cinco minutos depois, a esperada coluna, com 43 panzers apareceu na rodovia, alinhadas em fila. O primeiro disparo do tanque soviético provocou o incêndio do tanque de vanguarda da coluna, mais dois disparos foram feitos e o segundo tanque da coluna também foi destruído. Então Kolobanov ordenou que se disparasse no ultimo tanque da coluna e este também foi destruído. 

Os alemães ficaram bloqueados, mas não conseguiram localizar o tanque soviético, então como tentativa de destruir o inimigo, dispararam a esmo. Na tentativa de sair do local, diversos tanques alemães acabaram por se aventurar na área pantanosa e terminaram imobilizados, se tornando alvos fáceis. O caos tomou conta então da rodovia. Os tanqueiros soviéticos destruíram 22 panzers num período de 30 minutos. O KV-1 foi finalmente localizado pelos alemães, que abriram maciço fogo contra ele, porém mesmo acertando os disparos, estes não conseguiram atravessar a espessa couraça deste pesado tanque soviético, mas mesmo sem destruí-lo, impuseram uma terrível condição de combate à tripulação soviética, pois o som dos impactos contra o tanque produzia um imenso e terrível som dentro do KV-1. Um dos disparos dos panzers atingiu e danificou o sistema de movimentação da torre, obrigando então Kolobanov a tirar seu KV-1 da trincheira para fazer o enquadramento dos alvos movimentando todo o tanque. A tripulação soviética percebeu a aparição de dois canhões auto-propulsados no entroncamento.
O primeiro disparo do KV-1 deixou fora de ação um dos canhões, mas um disparo do outro danificou o periscópio do KV. Imediatamente responderam ao fogo e destruíram o segundo auto-propulsado. Após ter terminado sua munição, Kolobanov entrou em contato com seus superiores, via rádio, dando conta da situação, recebeu então congratulações e a ordem de deixar o local, uma vez que estavam então enviando outros três KV-1 para o local, afim de ‘concluir’ a tarefa. Os três KV-1 destruíram então mais 20 panzers. Ao todo, foram destruídos 42 panzers e dois canhões auto-propulsados alemães. O KV-1 #864, de Kolobanov foi atingido por 135 disparos, mas não houve qualquer penetração na blindagem. Kolobanov foi condecorado com a “Ordem de Lenin” e Usov (piloto) recebeu a “Ordem da Bandeira Vermelha”. 
Fonte: http://www.wio.ru/tank/ww2tank.htm/ A Vida no Front

terça-feira, 23 de junho de 2015

Kv 2 o pesado russo


KV 2 Mestre dos pesados Russo.


Sobre a história
A história deste monstro que faz muito nego dar meia volta quando da de cara com ele no WoT começa na Guerra Fria. Na fase final do conflito os soviéticos implantaram um protótipo com base no novo blindado KV-1. Os testes foram bem sucedidos e blindagem aguentou inúmeros disparos de munição anti-tanque. Embora o carro ainda não tinha terminado seus teste, a Comissão de Defesa assinou a Resolução (número 443) em 19 de dezembro de 1939 forçando o início de seus serviços. Um ponto negativo foi que o canhão de 76,2 milímetros não foi suficiente para destruir fortificações inimigas. Como solução, o general K. Meretskov solicitou a montagem de um canhão 152 milímetros ou até mesmo de 203 milímetros em um dos chassis existentes. Daí nasceu a idéia de instalar um canhão capaz de destruir bunkers e posições fortificadas do inimigo. Dmitry Pavlov, comandado pela ABTU, deu a ordem oficial em 1940 para desenvolver um tanque que iria melhorar “a qualidade das forças de artilharia que atuam sobre os principais tanques de ruptura.”
Desenvolvimento
O tempo de desenvolvimento foi curto, porque o mesmo era esperado para utilização contra as posições finlandesas. Leningrado e sua equipe de design trabalhavam de 16 à 18 horas por dia. Com o canhão nomeado M-10 e finalizado por volta de 1938-1940 foram obtidos resultados muito melhores. Em todo caso, a torre necessitava de uma pequena ampliação. Neste problema a Oficina de Design SKB-2 (criador da KV-1) foi acionada. Porque para os canhões do KV-1 e 2 eram necessário a criação de duas variações de torre. o KV-2 era conhecido como MT-1. Os 3 primeiros protótipos foram concluídos em janeiro de 1940 e é bom lembrar que a KV-1 e 2 eram conhecidos como KV com pequeno e grande torre. Outro nome que foi adotado até 1941 entre as tropas KV-2 era conhecido como “Dreadnought”.
Projeto KV-2 com torre inicial (Tankograd ou KV-2 Stock no WoT)
A torre MT-1 pesava cerca de 12 toneladas e foi protegida excelentemente para o tempo, 110 milímetros a 75 milímetros da frente e dos lados. Estes valores são comparáveis ​​aos de alguns pesados ​​dp final da Segunda Guerra Mundial. O KV-2 levava consigo 36 projéteis modelo HE (Alto Explosivo), o peso dos projéteis era de 52kg, o que exigiu um outro municiador, para que a tripulação era de 6 para fazer acontecer e vendo isso o blindado também foi equipado com um telescópio periscópio de visão T-5, também uma panorâmica PT-K e T-5. O motor (500 HP V-2K) e outros elementos semelhantes ao padrão KV-1.
KV2-001
Os testes mostraram que em fevereiro que o KV-2 teve muitos problemas. O tanque era difícil de manobrar e o sistema de rotação da torre era completamente saturado. Os freios, embreagem e refrigeração necessitava de melhorias. O chassi foi mostrado vulnerável a minas antitanque e etc. Sobre os aspectos positivos destacava-se o poder do canhão; Ele nunca foi usado em combate, mas os resultados foram excelentes contra as posições capturadas. O projétil com uma velocidade inicial de 436M/s, penetrava uma blindagem de 72 milímetros angulada a 60° à distância de 1500 metros. Em 1939, ela era uma excelente figura.
Produção e implantação em Junho de 1941
O início da produção do KV-2 estava previsto para fevereiro de 1940, mas não foi realizada até maio. A torre foi modernizada pela Oficina LKB, que passou a ser chamada de MT-2. O desenvolvimento foi realizado entre agosto e setembro. A torre MT-2 era mais baixa e mais leve (12 toneladas da MT-1 contra 10 da MT-2). Com um peso menor seu desenvolvimento foi mais fácil, rebites foram substituídos por soldas e dentre outras coisas. As estimativas iniciais reduziram custos e aceleraram a produção. Para proteger melhor também foi feito a montagem do MG e o mesmo foi adicionado na parte traseira. Você poderia fazer uma rotação completa em 36 segundos e com uma boa equipe a taxa de disparos aumentou de 2 para três por minuto. O canhão se tornou uma versão mais curta chamado de M-10T. Sistemas de visão foram modernizados, telescópio T-9, foi substituída por uma TOD-9 e o periscópio PT-5 para um AP-9. TD-K para o comandante também foi instalado.
KV2-002
Entre junho e dezembro a produção de 104 KV-2 foi realizada em Leningrado. Em janeiro os tanques foram enviados para várias unidades:
– 20 para Kovno, 2º Divisão Blindada.
– 22 para Belostock, 6º Corpo Mecanizado.
– 26 para Striy, 1º Corpo Mecanizado.
– 30 para Lvov, 4º Corpo Mecanizados.
– 2 para Distrito Militar de Kiev via Kubinka.
– 1 para a escola tanque Saratov, Volga District.
– 1 sem armamento para a Fábrica 92 em Gorki.
– 1 para a faixa de teste Kubinka.
Uma exemplar do protótipo U-1, manteve-se em Leningrado a ser usada como prova. Os planos para 1941 eram mais ambiciosos, uma vez que a fábrica de produção de tanques KV em Chelyabinsk também precisava fornece-los ao exercito vermelho. Os números foram de 400 KV-1, KV-2 100 e 400 KV-3. Como você pode ver a produção de KV-2 era a menor de todas. Estudos de combates na Polônia, na Mongólia e na Europa Ocidental mostraram que não havia necessidade usar canhões de 152 milímetros para lidar com a maioria das fortificações, e a possibilidade de encontrar bunkers com Carélia baixa. O exército alemão não tinha nenhum blindado capaz de se proteger do temido KV-2. Dados os problemas de transporte e confiabilidade, era melhor manter no KV-1 e KV-3 mesmo.
Inicialmente pensou-se em um canhão de 122 milímetros, mas naquela época não estavam disponíveis. Os testes foram feitos com outras armas de 76, 85 e 106 milímetros. O modelo de 76 milímetros F-34 foi rejeitado porque ele poderia ter problemas com a blindagem cimentada de futuros tanques alemães. O F-42 de 106,7 milímetros protemedor, mas testado no KV-2 não funcionou: recarregar a arma era muito complicado, por isso, decidiu-se usar no KV-3.
No entanto, a invasão alemã mudou todos os planos soviéticos, e como esperado, a produção da KV-2 foi minimizada mais do que já havia sido. O KV-3, acabou nem sequer começando. Leningrado apenas continuou a produzir o KV-2 para esgotar os estoques de peças e em outubro de 1941 a produção terminou com 334 KV-2 construídos.
Em 22 de junho, a Alemanha lançou a Operação Barbarossa (Unternehmen Barbarossa) e atacou a União Soviética. O fato de que as forças armadas soviéticas não estavam preparadas e também estavam bem conhecidas, eo KV-2 não foi exceção. Nas primeiras semanas a maioria da KV-2 implantados foram destruídos ou capturados juntamente com milhares de outros modelos.
No dia 1 de junho, o Exército soviético tinha 134 KV-2, implantado em vários distritos militares (DM):
– DM Moscou: apenas um.
– DM Leningrado: dois em centros de formação.
– DM Báltico: 19 na 2 ª Divisão Blindada, 3º Corpo Mecanizado.
– DM Ocidental: 22 em 6º Corpo Mecanizado.
– DM Kiev 89 carros em diferentes unidades.
Isso não significa que todos esses carros estavam prontos para operações. De acordo com um relatório, estavam disponíveis apenas nove tanques. O resto estavam esperando tripulações e munições. Nas primeiras semanas de combate mais da metade dos KV-2 foi perdido e não por culpa do inimigo. Um relatório da Divisão Blindada 41 afirmou que nenhuma munição estava disponível para KV-2 e que as cópias receberam algum tipo de defeito (embraiagem, refrigeração …). Entre 26 de junho e agosto a Divisão 7 percorreu 1.000 kms e perdeu 23 tanques. As perdas poderiam ter ficado piores. Em caso de falha de um KV-2 só podia ser rebocado por outro KV (e nem sempre funcionava) ou um trator Voroshilovets, mas muitas vezes o peso do carro era demais.
A mobilidade do KV-2 era claramente insuficiente. A velocidade média era de incríveis 4 Km/h (Uau que velocidade, sinto o vento contra os meus cabelos), foi entre Belarus e Báltico, onde o primeiro carro foi posto em ação, houve pequenas pontes capazes de suportar o peso dele. Existia um pó fino capaz de entrar nos filtros de ignição do tanque volta e meia. Os relatórios apresentados pelo comandante da 32ª eram claras:
“As grandes perdas de material (blindado KV especialmente) são, principalmente, devido ao deslocamento de 75 à 100 km por dia que são realizadas sem qualquer preventiva. Además inspeção técnica e manutenção, observou-se que os motoristas não têm experiência suficiente e habilidade para operar estes veículos em viagens.”
A pouca preparação é ilustrado no caso da maquinagem do 7º Corpo. Esta unidade recebeu 44 novos carros KV na fábrica, incluindo 18 KV-2. Depois de ser baixado e começarem suas operações, problemas mecânicos começaram. Nos primeiros 5 kms 7 tanques (todos eles embreagens queimadas) foram perdidos. A urgência era tal que as peças foram enviadas por avião de Leningrado. Em 7 de julho, a unidade sofreu um ataque. e para todas as 26 KV (KV-2 apenas um) foi o fim, com 7 presos em áreas pantanosas e 3 destruída por suas próprias equipes devido a problemas mecânicos. No dia 22 Corpo Mecanizado, a situação não foi diferente. O 41º perdeu 22 KV-2, sendo apenas cinco em combate, o resto por problemas mecânicos ou falta de combustível. Vale ressaltar que esta unidade praticamente se auto-destruiu, lançando ataques sem reconhecimento e de acordo com as diretrizes previamente estabelecidas.
Impacto no inimigo
Em todo caso, o KV-2 impressionou os alemães com seu tamanho alto poder de fogo. Quando você tinha sorte de (ou azar para alemão) colocar um KV-2 em uma boa posição e organizar uma emboscada entre os Panzers alemães.
Memórias dos oficiais da 1ª Divisão Panzer:
“O KV-1 e KV-2 avançaram cerca de 800 metros sob nós. Nossa divisão abriu fogo sem resultado. Nós estávamos nos aproximando do inimigo, que estava avançando. Depois de alguns minutos, a distância era de apenas 50-100 metros. Todos abriram fogo, mas sem sucesso: os russos continuaram a avançar, todas as nossas balas ricochetearam. Estamos em uma situação comprometedora: os ataques russos haviam afetado nossa artilharia que tinha sido criado e internamente sobre nossas posições. Apenas com base de armas AA e dispararando em curta distância, podemos parar o ataque inimigo. Nosso contra-ataque repelindo os russos estabeleceu uma linha de defesa em Vasiliskis. O concurso terminou.”
O Fim
A Carreira do KV-2 no exército soviético foi breve. A produção cessou em julho porque os outros carros de combate eram prioridade. As perdas dos primeiros dias nunca foram substituídos e para outubro estavam todos em frente a um punhado de lixo. Apesar de poder de fogo ou de proteção, ou de “corre negada que o KV-2 vem ai!” que causava aos alemães, não se pode dizer que a KV-2 foi uma solução muito racional. O projeto não estava maduro, o armamento era muito poderoso para as necessidades e os mecânicos tiveram sérias inconveniências. Talvez, na Guerra da Finlândia o mesmo tivesse sido diferente e assim o KV-2 nunca havia sido projetado.
Em todo o caso, considere novamente os 152 milímetros Soviéticos montado sobre um chassis de KV, o que levaria no futuro à SU-152, um veículo muito mais bem sucedido!
Em mãos alemãs
É provável que a Wehrmacht foi o último utilizador de KV-2. Alguns foram enviados para a Alemanha para propaganda. O KV-2 era ideal para destacar as vitórias alemãs, em 1941, um exemplar foi usado na defesa de Konigsberg, e outra fábrica de Ruhr.
O KV-2 também foi usado por unidades do exército regular. A KV-2 foi enviada ao Panzer-Abt. zbV66, um batalhão de operações especiais. Eles haviam planejado usar na operação Herkules, a invasão de Malta. Isso nunca aconteceu. As chances eram de que o KV-2 tivesse sido enviado ao Grupo Central do Exército, em agosto de 1942 como parte da segunda divisão. De lá, as esteiras congelaram, mas é mais provável que foi destruído ou quebrou sem peças de reposição. Esta edição recebeu uma cúpula de um Panzer-III para melhorar a visão do comandante.
KV2-003
BÔNUS
E POR QUE KV?
KV nada mais é a homenagem à Kliment Vorochilov, um bem sucedido comandante militar e político soviético das Guerras Cívis Russas. Participou da revolução Russa em 1917 e da Guerra Cívil. Foi também um amigo pessoal de Josef Stalin.